22 de janeiro de 2009

SORRISO




O desânimo já tomou conta da vontade há muito tempo. Os dias passam mais rápidos que as noites, o medo começa a apoderar-se do meu corpo. Está a chegar a hora do recomeço e sinto que vou falecendo devagar. Tenho que emergir, ando curvado na procura de alento. À deriva tento encontrar o anzol que me puxe para aquele que fui.

...um sorriso, bastou um sorriso. Uniu-me à cara, ao corpo e a mim. Trilho marcado por curvas, rectas e atalhos. Mas destino claro, ali, fim feliz. Não demorei a chegar, desliguei motores de ansiedade e turbinas de atenção, fiquei perto, pouco firme mas solto. O redor acinzentou! Por magia tudo estridente calou,...Si..., nota aguda, som rouco de boca amena.

Exumo lento de dentro e prossigo, não me largues nem soltes a corrente, não sou peso morto, sou discípulo da tua fé, de pé vou na estrada voada por ti, não pares nem que te peça! Invade o meu vazio até que ateste! Depois fica por perto, vais ver-me crescer do tamanho que quiseres.

Ressurgirei na orquestra, tocarei para que dances, Cadenciosa, Majestosa, Augusta... e eu, som após som, chegarei à nota mais alta.

2 comentários:

  1. Muito, muito interessante a maneira como "revelas" o Sorriso... Que ele se reele vezes sem fim, positivamente, claro.
    Abraço.

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