16 de novembro de 2009

INVINCIBLE

Faz parte do alinhamento para o concerto no pavilhão Atlântico ... leiam cantem e sintam...


Follow through
Make your dreams come true
Don't give up the fight
You will be alright
'Cause there's no one like you in the universe


Don't be afraid
What your mind conceives
You should make a stand
Stand up for what you believe
And tonight
We can truly say
Together we're invincible


During the struggle
They will pull us down
But please, please
Let's use this chance
To turn things around
And tonight
We can truly say
Together we're invincible


Do it on your own
It makes no difference to me
What you leave behind
What you choose to be
And whatever they say
Your souls unbreakable


During the struggle
They will pull us down
But please, please
Let's use this chance
To turn things around
And tonight
We can truly say
Together we're invincible
Together we're invincible


During the struggle
They will pull us down
Please, please
Let's use this chance
To turn things around
And tonight
We can truly say
Together we're invincible
Together we're invincible

Olhar de Dentro


No meio da confusão diária de papéis, barulho de impressoras e murmúrios de clientes chegou o momento em que tudo se apaga, os segundos alargam-se e tornam-se intemporais, nesse momento o que o rodeia transforma-se em imagens desfocadas porque utiliza todo sistema óptico para a receber. Chegou. Apesar da confirmação da sua presença, não consegue controlar corpo ou mente, leve tremor nos braços são indícios que nada mudou e a mente antecipa um louco beijo adiado pelos últimos anos.
Dois beijos, um em cada face, ela impõe que a boca fique longe do embate de rostos mas nos olhos parece contradizer-se, ele está ansioso pouco confortável com cara pálida e a boca seca. Não precisavam de falar pois a chama que os une reacende a cada aparição.
Agora caminham lado a lado, a praça pára para ver e suspirar, o bando de pombas desacelera o corrupio com respeito e o sol perfura duas nuvens negras que se abrem como se o vento soprasse em duas direcções. Ficam horas a conversar, a namorar sem se tocarem e mais vontade cresce, e o tempo, esse que corre voraz no prazer e vagaroso na dor, não se alia e quase se desfaz num ápice
Puxam as reticências para que outro episódio comece, e aí, largam as culpas, perduram o desejo e aumentam o contentamento, não foram infiéis, não quebraram compromissos e mesmo assim são um do outro, porque bem perto do fim e do novo começo, nada mais importa. Nunca os vi beijarem-se, o que me é agradável, aproximavam-se as bocas... fechavam-se os olhos.

10 de novembro de 2009

INVICTA


Dia chuvoso, daqueles dias em que o cinzento das ruas fica mais escuro, a pedra húmida é mais negra, nestes dias a cor é rara, seja nas roupas, seja nos rostos. As pessoas vertem movimento de cabeça baixa, o desalento escala até à mente alimentado pelo frio na planta dos pés. Predomina o amarelo o verde e o encarnado dos semáforos que parecem desnecessários tal é a confusão de trânsito. O vento já se encarregou de arrancar o verde das árvores e o frio roubou a tez rosada de outras épocas. Parece que a cidade entrou em coma e nós com ela! Será?...
Dia chuvoso, daqueles em que os paralelos da rua brilham de prata pingada, a pedra parece polida, nestes dias a paleta de cores escurece, como se escolhesse um fato de gala para nos receber. Uma neblina sobre o rio que desvenda pausadamente o equilíbrio entre a força da corrente verde escura e a imponente cascata de granito pingada de amarelo novo, usado no quente do verão. As pessoas vertem movimento, a cidade vive, nós somos o sangue a correr-lhe nas veias, por isso vamos quentes com destino. Não há céu como este, assim que nasceu, bem por cima dos Clérigos, cresceu até à Foz, e lá, juntou-se a um Atlântico revolto de espuma branca. Nasceu cinzento, nasceu da cinza dos que ergueram a cidade. Levantem os olhos e não resistam à tentação deste fascínio nosso.
Quando o deixo, sinto aquele frio na barriga de quem está apaixonado, quando o lembro sinto saudade mas quando o reencontro quero-o molhado e cinzento, o verdadeiro PORTO.