13 de janeiro de 2009

FILTRO






Existe uma película que nos rodeia, tem como finalidade filtrar. Como se fosse uma rede de pesca, umas vezes mais densa, outras menos, consoante o pescado. É por aqui que nos deixamos envolver com o mundo. Parece fácil, mas não, tenho-me perguntado nestes últimos tempos, se existirá algum modo intensivo de aprendizagem para lidar com isto, a certeza que nunca usamos o filtro adequado, umas vezes passa mais do que queremos, outras parece que uma longa história ficou no primeiro capítulo.

Vamos por tentativas. Todos deixam de ter esta camada porosa, e todos interagem com a transparência total, todos absorvem tudo dos outros.... Já estou a ver! Sem sorte perdia a vida a aturar imbecis!... Ou não?
Então todos somos opacos e de casca grossa, só entra quem tiver tempo e força para partir o casulo, agora pensem, tanto esforço tantos dias e do ovo sai o patinho feio, já seria difícil partir outro ovo com o mesmo empenho, ou não? Só nos resta a hipótese do "eu controlo", assumimos a responsabilidade de identificar quem entra e quem sai do "nosso mundo", identificar as emoções que queremos ou não partilhar, o tempo que queremos ou não perder, o rumo que queremos guiar... mas com a certeza que não o sabemos fazer, com a certeza que o inesperado é o melhor e o pior da vida... ou não?

1 comentário:

  1. Infelizmente pouco ou nada podemos "filtrar"! Mas sinceramente acho que será melhor assim! No meio de algumas coisas dispensáveis, descobrimos Mundos e Vivências que se fossemos nós a escolher, não teria sido de todo, o caminho escolhido!

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