16 de janeiro de 2009

CAROLINA


Nasci velho, escuro, renasço com este raio de luz que me cega e me guia de volta ao caminho.
Ouvi-te antes de ver, senti-te antes de ouvir, liguei-me antes de nasceres. Como que começasse ali, o novo mundo. Tenho-me maior do que a fronteira da pele, tenho o pensamento guiado pela corrente inquebrável da saudade, passei a ser mais e precisar menos, corro para além de mim, vivo para sempre na semente que cresce e se alimenta nesta terra velha.
Sinto que estremeço quando sofres, sinto que adormeço quando ris, sinto a tua força que me eleva corpo morto, renascido por um som de um sopro.
Largo-te tudo, pouco, que de bom me sugues, cresce dentro, rompe fora, tens-me em ti, leva-me sem pesar, usa-me como escudo, aquece-te que guardo todo o meu lume para não gelares, tu és mais que a vida, és antes e depois. Brilha meu amor, não pares de brilhar.

1 comentário:

  1. É assim... Há coisas que apesar de imaginar, por falta de conhecimento, não posso comentar! Muito bonito...

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