22 de fevereiro de 2009

Sem fim...


És tu. Sim tu. Que abres os olhos e lês estas letras atadas com laços de ferro. Tu que me forças a mente e me atolas as mãos. Tu que fazes de mim escravo da delícia do texto. Tu que tens meus braços como marionetas e jogas com eles, cansas-me deles até que doem, da dor passam a adormecidos, do dormente passam a prazer e continuam.
É para ti que me vergo e componho, é para ti que os meus olhos não piscam e mergulham num mar sem fundo, e quanto mais desço mais luz tenho mais morno fico, passo a tinta ao papel num degusto lento que sabe a muito em pouco tempo.
É por ti que me perco no labirinto, quero-me perdido com a saída à vista, deambulo por entre pensamentos e questões e vou sumido de novo. É por ti que conheço prazeres infindáveis, lugares de volúpia constante, frenesim de versos e música. É por ti que canto com os dedos e danço com a mente.
Será para ti tudo que falta na folha branca, será para ti os gestos futuros dos meus pulsos, será para ti o desabafo, abraço e a culpa,será para ti a vírgula desnecessária, será para ti a próxima linha, o seguinte capítulo, a história, sem fim, sem ponto final
Obrigado

4 comentários:

  1. Um "obrigado" é sempre sinal de consideração e humildade! Seja a simples palavra escrita ou dita ou desta forma como o fizeste!
    :) Beijinho

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  2. Obrigado, todos somos inspiração.

    bj

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  3. E por falar em inspiração, ela continua patente... Não a desperdices, nem a guardes só para ti.
    Abraço.

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  4. Obrigado FM
    Tenho a certeza que continuarei a pingar, bem ou mal...

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