15 de março de 2009

TU


Começo a sentir que os dias têm reticências, não se fecha o ciclo e falta tudo o que deve ter para que outro possa começar, Tu. Nos dias que te vejo sinto o mesmo, fico suspenso nos Teus olhos e na Tua boca, depois carrego a imagem sem peso e continuo a achar que a noite não acaba e o dia não começa. Sinto-me imperfeito sozinho, morre metade de mim e metade de Eu mesmo é pouco, custa carregar uma metade inerte, cortas-me a meio quando vais. Quando puder ver-te todos os dias vou querer ser imortal para que nada acabe, vou querer não contar os dias nem as noites e num toque Te torno imortal também. Depois nem vida somos, somos sempre e para sempre, vamos intemporais sem embaraço, existimos nós dois num só, um sol e Tu lua, dou-Te o calor do dia e Tu dás-me a elegância da noite, sem horas sem tempo sem morte. Não temo o dia seguinte porque num qualquer vais lá estar e Eu vou viver inteiro outra vez. Só por Ti. Não Me adies.

1 comentário:

  1. Por vezes a solidão é benéfica para podermos ordenar ideias! Mas sem prolongamento para além do suficiente! Faz falta a convivência e o "socializar", quanto mais não seja para troca de experiências e para não nos sentirmos sós!
    :) Beijinho

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